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Covid-19: Mais de 1.500 pessoas em quarentena obrigatória de 14 dias em Macau

LUSA
20-03-2020 12:10h

Mais de 1.500 pessoas estão em quarentena de 14 dias em Macau, um aumento exponencial nos últimos dias, após o reforço de medidas de controlo fronteiriço, disse hoje fonte do Governo do território.

Em conferência de imprensa, as autoridades detalharam que 856 pessoas estão em quarentena em três hotéis designados pelo território.

“Entre estes, 717 são residentes ou turistas de Macau e 139 trabalhadores não residentes”, acrescentaram.

Os restantes encontram-se a fazer quarentena obrigatória em casa.

As autoridades decretaram esta semana a obrigatoriedade de quarentena num local designado a todos os que regressem ao território.

Só na quinta-feira, “384 recém-chegados necessitaram de 14 dias de observação médica devido à permanência em áreas de alta incidência, incluindo 234 residentes de Macau e 150 não residentes de Macau”, informaram as autoridades.

Depois de 40 dias sem novos casos da Covid-19, Macau registou entre segunda-feira e hoje sete novos casos importados, a maioria trabalhadores não-residentes, razão que terá motivado o reforço das restrições à entrada no território.

Antes, Macau registava dez casos de infeção com o vírus da Covid-19, tendo todos já recebido alta hospitalar.

Devido ao ressurgimento do surto, Macau impôs quarentena obrigatória a todos os que chegam ao território, à exceção daqueles que chegam da China continental, Hong Kong e Taiwan e proibiu a entrada de trabalhadores não residentes em Macau, à exceção daqueles oriundos Taiwan, Hong Kong e da China continental.

Nos últimos dias tem se registado um aumento do número de residentes do território a regressaram, especialmente estudantes que voltam a casa porque a maioria das escolas na Europa encontram-se encerradas.

Segundo as autoridades, neste momento encontram-se em Hong Kong 285 residentes ou estudantes de Macau, que chegaram de destinos internacionais, à espera de quatro carros que os trarão de volta ao território.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.

A China, por sua vez, informou não ter registado novas infeções locais pelo segundo dia consecutivo, embora o número de casos importados tenha continuado a aumentar, com 39 infeções oriundas do exterior.

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.967 infeções diagnosticadas, incluindo 71.150 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.248.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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