A brigada de médicos cubanos na Guiné-Bissau, composta por 43 profissionais de saúde, está disposta a ajudar o país caso o novo coronavírus chegue ao país, comunicaram hoje as autoridades cubanas ao Governo guineense.
A disponibilidade foi hoje transmitida pelo embaixador de Cuba na Guiné-Bissau, Raul da La Peña, a Suzi Barbosa, ministra dos Negócios Estrangeiros do Governo de Nuno Nabiam, nomeado primeiro-ministro autoproclamado Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló.
Os médicos cubanos encontram-se na Guiné-Bissau no âmbito da cooperação entre os dois países. Operam no hospital Simão Mendes, em Bissau, nos centros médicos das capitais regionais e dão aulas na Faculdade de Medicina.
A Guiné-Bissau ainda não registou nenhum caso de infeção pelo novo coronavírus, Covid-19, mas as autoridades intensificaram as medidas de prevenção, incluindo o encerramento de fronteiras, com exceção para urgências médicas e importação de alimentos e medicamentos.
As autoridades interditaram também grandes aglomerações de pessoas e mandaram encerrar mercados, escolas públicas e privadas, recintos de lazer e desporto, bem como lugares de culto.
Restaurantes, discotecas, cafés e bares também foram mandados encerrar.
Estão autorizados a funcionar supermercados e outro tipo de serviços que vendam bens de necessidade básica e farmácias.
Elementos das forças de ordem estiveram nas ruas de Bissau hoje de manhã para ordenar aos comerciantes o fecho dos seus estabelecimentos, uma medida que tem gerado críticas da população.
Bambo Sanha, presidente da associação dos consumidores de bens e serviços (Acobes), afirmou que a sua instituição devia ser consultada pelo Governo antes de ser decretada a ordem de fecho dos mercados.