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Covid-19: Empresas de Coimbra querem mais apoios do Governo e das autarquias

LUSA
18-03-2020 15:59h

A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) pediu hoje ao Governo para conceder mais apoios ao comércio e defendeu que também as autarquias devem lançar um plano de ajuda às empresas.

“Apesar dos pacotes de três mil milhões de euros e alívio fiscal superior a seis mil milhões de euros, o comércio necessita de mais apoio”, reclama a NERC em comunicado, no contexto da pandemia de Covid-19.

A associação empresarial saúda o Governo “pela criação de linhas de crédito de apoio para as empresas dos setores da indústria, restauração e turismo (…), no valor total de três mil milhões de euros, e pelo alívio fiscal superior a seis mil milhões de euros, com 5.200 milhões do lado fiscal e mil milhões em contribuições sociais”.

No entanto, reclama “mais medidas de apoio às empresas, que assegurem a manutenção dos postos de trabalho nas áreas e setores mais atingidos” pela pandemia.

A associação entende “que a linha 'Capitalizar', que o Governo disponibiliza para as empresas não incluídas na indústria e turismo, não é suficiente, sendo urgente aumentar a linha de crédito a todos os setores afetados pela crise que o Covid-19 está a gerar”.

“É necessário um reforço claro e objetivo dedicado ao comércio, uma vez que é um dos setores mais afetados por esta pandemia e que na sua maioria não pode nem está preparado para trabalhar de forma digital ou em regime de teletrabalho em virtude de mais de 32% de microempresas, 63% das pequenas empresas e 81% das médias empresas não ter presença digital”, refere.

Por outro lado, a associação solicita às autarquias e à Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra “um plano de apoio ao tecido económico (…) através de medidas, à semelhança do Governo, que visem os encargos cobrados às empresas, através da redução ou abolição do preço da água, de isenção de taxas e impostos municipais, bem como outros apoios à manutenção de atividade durante um período de pelo menos três meses”.

“A execução destas medidas irá permitir às empresas da região um 'balão de oxigénio' para aguentar esta crise que a região, o país e o mundo estão a atravessar”, explica.

A NERC apela à população para “comprar produtos portugueses”, a fim de ajudar “na recuperação económica do país de forma mais célere”.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira.

O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em unidades de cuidados intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até quarta-feira, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.

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