O serviço de cardiologia do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, realizou o seu primeiro implante de 'pacemaker' sem elétrodos, um procedimento inovador na região, revelou hoje a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Em comunicado enviado à agência Lusa, a ULSBA disse que a introdução desta "tecnologia minimamente invasiva" representa "um marco para a saúde no Sul do país" e um "avanço significativo nos cuidados cardíacos oferecidos na região".
"Os 'pacemakers' sem elétrodos são dispositivos de dimensões reduzidas, implantados diretamente no coração, que eliminam a necessidade de elétrodos tradicionais e minimizam o risco de complicações associadas", explicou aquela unidade de saúde.
Este procedimento, continuou, "tem demonstrado benefícios em termos de segurança, recuperação e conforto, sobretudo em doentes com condições que tornam o implante convencional mais complexo".
“Estes casos representam um passo importante” para aproximar “cuidados de maior complexidade às pessoas que vivem na nossa região", assinalou o cardiologista responsável pelo processo Luís Duarte, considerando essencial continuar a "garantir que cada doente tenha acesso à opção mais adequada, com segurança e proximidade".
Para a ULSBA, a introdução desta técnica no Hospital José Joaquim Fernandes assegura aos doentes o acesso "a uma opção terapêutica inovadora, menos invasiva e mais segura, particularmente benéfica para perfis clínicos específicos", ou seja, "uma resposta crucial a uma necessidade há muito sentida na região".
"Até agora, os doentes com indicação para este tipo de dispositivo eram forçados a percorrer longas distâncias até outros centros hospitalares do país”, indicou a unidade
Mas, graças à “bem-sucedida conclusão do primeiro implante, o hospital de Beja reforça não só a sua capacidade de oferecer soluções diferenciadas e alinhadas com as mais recentes práticas clínicas, mas também o seu papel central na prestação de cuidados de saúde de proximidade", lê-se no comunicado.
Segundo a ULSBA, esta nova metodologia clínica representa também "um processo contínuo de investimento em capacitação técnica, formação especializada e melhoria das infraestruturas e cuidados prestados".
E traduz "um compromisso claro e inabalável" de "assegurar que a população do Alentejo beneficia de tratamentos que acompanham a vanguarda da cardiologia moderna, eliminando a necessidade de deslocações desnecessárias".
O Hospital José Joaquim Fernandes integra, agora, o grupo de unidades de saúde portuguesas que disponibiliza “esta abordagem terapêutica, reforçando a confiança da comunidade no serviço público e na sua capacidade de inovação responsável", assegurou a ULSBA.