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Empresas de apoio domiciliário propõem ajudar a libertar mais de 2.200 camas nos hospitais

Lusa
10-12-2025 17:57h

As empresas de apoio domiciliário disponibilizaram-se hoje para colaborar com o Estado e a ajudar a libertar as camas dos hospitais atualmente ocupadas por mais de 2.200 internamentos sociais, segundo na associação do setor (AEPAD).

Num comunicado hoje divulgado, a Associação das Empresas Privadas de Apoio Domiciliário (AEPAD) adianta que o setor “ainda tem capacidade para apoiar mais de 10.000 pessoas em ambiente domiciliário, reduzindo a pressão sobre os hospitais e criando alternativa mais humana, económica e eficiente”.

“Perante o aumento da procura nas urgências devido à gripe, que está a provocar o adiamento de cirurgias em vários hospitais, e a previsão de agravamento deste cenário, o setor apresenta-se como um parceiro com capacidade de resposta para assegurar o acompanhamento de mais 10.000 utentes”, afirma a AEPAD, que representa um setor com 297 empresas e capacidade instalada para prestar apoio domiciliário a cerca de 16.000 pessoas.

O presidente da AEPAD, Nuno Afonso, assegura, na mesma nota, que “o setor está preparado para colaborar com o país”, pois tem “equipas, capacidade instalada e cobertura nacional para garantir cuidados a milhares de pessoas que hoje continuam em hospitais apesar de já terem recebido alta clínica”.

A AEPAD sublinha que “esta solução é mais humana, mais eficiente e mais económica para o Estado”.

Diz ainda que permite que as pessoas regressem às suas casas, reduz a pressão sobre os hospitais e evita que lares e unidades de cuidados continuados se tornem a única resposta para situações que podem ser resolvidas em ambiente domiciliário.

“As famílias precisam de apoios, os hospitais precisam de camas para internamentos, a Segurança Social necessita de mais opções. Queremos e podemos ser parte desta solução”, reforça Nuno Afonso.

A AEPAD disponibiliza-se para avançar com soluções imediatas e com projetos-piloto que permitam testar modelos de articulação entre saúde e segurança social, “garantindo uma resposta estruturada e sustentável”.

A associação sublinha que o apoio domiciliário está disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano, com equipas profissionais que asseguram higiene, alimentação, administração de medicação, vigilância, reabilitação e acompanhamento contínuo.

A associação sem fins lucrativos “tem como missão reforçar a presença institucional do setor junto do Estado, promover boas práticas, formação contínua e partilha de conhecimento, defender uma regulação justa e proporcional e estimular a inovação nos serviços prestados ao domicílio”, atuando em todo o território nacional.

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