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Presidenciais: Ventura acusa Governo de “maquilhar sistema de saúde”

Lusa
09-12-2025 14:41h

O candidato presidencial André Ventura acusou hoje o Governo de “maquilhar o sistema de saúde”, apontando as horas de espera nas urgências causadas pelo que considerou ser uma falta de preparação para enfrentar os problemas do inverno.

“O Governo sabia que vinha aí o inverno, sabia que este tempo estava a chegar. Devia-se ter preparado para o inverno, não devia simplesmente dizer agora 'preparem-se que vamos ter aqui uns tempos muito maus'”, afirmou aos jornalistas André Ventura, à margem de uma visita ao Externato de Penafirme, no concelho de Torres Vedras.

Um dia depois de a titular da Saúde, Ana Paula Martins, afirmar que os hospitais do Serviço Nacional de Saúde estão preparados para responder ao aumento dos casos de gripe que se preveem para as próximas semanas, André Ventura disse que “a ministra acabou por passar um atestado à sua própria incompetência”.

Para o candidato presidencial, as horas de espera por uma consulta urgente, que chegaram no fim de semana às 13 horas, “são números absolutamente desumanos”.

A este problema, juntou o que designou por adiamento de cirurgias e impedimento de consultas.

“Nós não precisamos de maquilhagem, de coisas corretivas. Nós temos é que dar resposta aos problemas que as pessoas têm”, afirmou.

“Se o Governo diz que está tudo bem, que isto é ok, que não há nenhum problema com isto, é porque o Governo se desligou das pessoas, deixou de ter qualquer ligação com o cidadão comum e vive numa bolha à parte”, acrescentou.

A ministra da Saúde garantiu no domingo que o Serviço Nacional de Saúde está preparado para responder ao aumento dos casos de gripe que se prevê para as próximas semanas e revelou que quase 2,3 milhões de pessoas estão vacinadas.

Ana Paula Martins explicou que o Ministério da Saúde está a seguir o plano de resposta sazonal para o inverno, que inclui medidas para reforçar a capacidade de resposta do SNS em períodos de maior pressão, além de planos locais de contingência para cada unidade local de saúde.

Admitiu que venha a haver “um aumento da procura nos serviços de urgência hospitalar, nos centros de saúde, na linha SNS24”, e que é, por isso, provável que haja necessidade de “parar a atividade cirúrgica, mantendo sempre as cirurgias urgentes e as cirurgias oncológicas”.

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