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Presidenciais: Ventura desafia Mendes, Gouveia e Melo e Seguro para debate sobre saúde

Lusa
06-11-2025 16:20h

O candidato presidencial e líder do Chega, André Ventura, desfiou hoje Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, seus adversários na corrida a Belém, para um debate centrado no tema da saúde.

“Desafiava o almirante Gouveia e Melo, o doutor Marques Mendes e o doutor António José Seguro para um debate a realizar onde quiserem, quando quiserem, no modelo em que quiserem, desde que numa instituição de saúde de referência nacional, aberto a toda a comunicação social, aberto ao público e aberto a todos os que nele quiserem participar, para um grande debate sobre aquilo que queremos fazer, se eleitos Presidentes da República, em matéria da saúde”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas na sede do Chega, em Lisboa, André Ventura defendeu que “não vale a pena falar de consensos, nem de pactos, nem de debates, se vão sempre para o mesmo sentido, despejar dinheiro e não resolver nada”.

“Precisamos de um outro modelo de saúde, e acho que os principais candidatos presidenciais devem discutir esse modelo de saúde”, afirmou. 

O candidato a Presidente da República mostrou-se disponível para organizar esse debate, mas ainda não enviou convites porque quer saber primeiro se os adversários estão disponíveis e interessados, admitindo que pode eventualmente ser aberto a outros participantes.

“Não estou a tirar importância a ninguém. Ou queremos consensos ou vamos ter chicana política, com todo respeito, e portanto eu acho que nós precisamos de um grande consenso de quem, nos números, nas sondagens, nos valores, na opinião pública, representa hoje cerca de 80% da população portuguesa. É esse pacto que eu quero ajudar a corporizar”, justificou André Ventura.

O candidato às eleições presidenciais de 18 de janeiro considerou também que “a esquerda estará incluída” neste debate, nomeadamente por António José Seguro, que “é o candidato do Partido Socialista”, e por Gouveia e Melo, que “também é o candidato do Partido Socialista”.

André Ventura defendeu igualmente que “os quatro candidatos presidenciais mais possíveis de passar à segunda volta”, onde se inclui, poderão “até assinar um documento onde se comprometem a promover um pacto na saúde, caso sejam eleitos Presidente da República, um pacto para as pessoas, um pacto para resolver os problemas na saúde”.

O líder do Chega falou também sobre a sugestão do Presidente da República da existência de um acordo político sobre o papel do SNS, do setor social e do setor privado, para que haja um quadro de médio prazo.

Falando enquanto candidato presidencial, mostrou-se disponível e considerou ser necessário “um pacto de saúde para as pessoas e não para a ideologia”, assente em quatro eixos fundamentais.

“No corte do desperdício e da fraude no sistema de saúde, na responsabilização política pelos resultados, isto é, os políticos têm que apresentar resultados na área da saúde e se não apresentarem devem ser responsabilizados, a sinergia entre o setor público, privado e social, garantindo que há um conjunto de meios que se articulam para dar respostas às pessoas, e a luta contra os lóbis, contra o lobismo e contra os interesses obscuros na área da saúde”, elencou.

E defendeu que “é nestas linhas fundamentais” que devem ser promovidos consensos políticos e pactos alargados para a saúde, e “não na mesma lógica de todos os outros pactos que não deram nenhum resultado, como a última Lei de Bases da Saúde”. 

“Este pacto tem de ser diferente de todos os outros que foram feitos à esquerda nos últimos 20 ou 30 anos em Portugal”, salientou o candidato.

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