SAÚDE QUE SE VÊ

Programa da União Africana apoia saúde sexual e reprodutiva em Moçambique

Lusa
29-10-2025 12:44h

Um financiamento de um programa da União Africana (UA), de 45 milhões de meticais (604,6 mil euros), vai apoiar a promoção da saúde sexual e reprodutiva em Moçambique, anunciou hoje o Governo.

"A NEPAD [Nova Parceria para o Desenvolvimento de África], mostra o compromisso que a União Africana tem na melhoria da saúde sexual e reprodutiva abrangente, de modo a alcançarmos o dividendo demográfico em África, no geral, e em particular em Moçambique", disse o ministro da Saúde moçambicano, em Maputo.

Ussene Isse falava durante a abertura da Reunião Nacional do Programa Geração Biz, de Saúde Escolar e do Adolescente e Jovem, que culminou com o lançamento do Projeto de Saúde Sexual e Reprodutiva e dividendo demográfico em África (A2DSRH), financiado pela NEPAD.

Segundo o ministro, aquele organismo da UA, através da Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA), começou a apoiar Moçambique em setembro, contribuindo na promoção da agenda de saúde sexual e reprodutiva, como meio para alcançar "a ambição" de crescimento e desenvolvimento.

Isse descreveu ainda que o projeto, lançado hoje, vai contribuir para a redução do número de adolescentes que engravidam antes dos 19 anos, em uniões prematuras, além da redução da taxa de novas infeções do Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) em adolescentes e jovens no país.

"O valor estimado [do projeto] é de cerca de 45 milhões de meticais, com possibilidade de renovação em função da implementação bem-sucedida", disse.

Sumuka Nhamo, representante do NEPAD, assinalou que o continente está em transformação e o centro destas mudanças, frisou, são as mulheres e jovens: "O potencial de liderança entre os jovens e mulheres em Moçambique irá moldar o futuro do país e requer o esforço de todos".

O responsável descreveu ainda que o empoderamento não é uma jornada automática, exigindo "ação e comprometimento", além da defesa dos direitos sexuais por todos.

"Não são apenas serviços de saúde, mas direitos fundamentais. [Como] o direito de empoderar jovens e mulheres para tomarem suas próprias decisões, relativamente à saúde sexual e reprodutiva", salientou, apelando: "Valorizamos essa parceria com o Ministério da Saúde. Juntemo-nos a esta abordagem regional sobre a saúde reprodutiva".

MAIS NOTÍCIAS