O trabalho, intitulado “A Carga das Doenças Neuroinfecciosas Crónicas na África Subsaariana: Informação Preliminar de um Estudo de Coorte em Curso no Hospital Central de Maputo”, foi reconhecido entre dezenas de candidaturas internacionais, tornando Helena Buque a única africana distinguida na edição deste ano do congresso realizado na Coreia do Sul, segundo a Federação Mundial de Neurologia (WFN).

Helena Buque, de 38 anos, é médica neurologista no Hospital Central de Maputo e doutoranda em Investigação Clínica e Medicina Translacional na Universidade do Algarve, em Portugal. Mestre em Saúde Pública, Buque combina a prática clínica com a investigação em infeções neurológicas, tratando igualmente casos de AVC e distúrbios do movimento.

“Trabalho no maior hospital de Moçambique, combinando a prática clínica com a investigação sobre infeções neurológicas. Também estou envolvida no tratamento de AVC e distúrbios do movimento, ajudando a melhorar os serviços e os resultados dos pacientes”, disse Helena Buque, citada pela WFN.

Segundo a federação, o estudo da médica moçambicana integra uma investigação em curso que avalia a prevalência e o impacto das doenças neuroinfecciosas em Moçambique, visando contribuir para melhorar os diagnósticos e os serviços de cuidados neurológicos no país.

A Federação Mundial de Neurologia, fundada em 1957 em Bruxelas, é uma associação que reúne 125 sociedades neurológicas de todo o mundo.

Com sede no Reino Unido, a WFN promove a educação e formação neurológica global, com foco especial nas regiões com menos recursos, e organiza o Congresso Mundial de Neurologia (WCN) a cada dois anos, em 2025 em parceria da Korean Neurological Association, reunindo especialistas para partilhar avanços científicos e reforçar a cooperação internacional na área da saúde cerebral.