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Quase 42% das crianças em acolhimento precisaram de apoio psicológico em 2024

LUSA
16-09-2025 14:31h

Quase 42% das mais de 6.300 crianças e jovens no sistema de acolhimento em 2024 precisaram de acompanhamento psicológico regular e perto de 30% fez medicação psiquiátrica, revela o relatório anual sobre o acolhimento das crianças e jovens.

De acordo com os dados do relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens (CASA) 2024, entregue na semana passada na Assembleia da República, “uma grande percentagem de crianças e jovens (41,8%) beneficiaram de acompanhamento psicológico regular e 12,6% tiveram necessidade de consultas de saúde mental pontuais, quer de pedopsiquiatria, quer de psicologia”.

Significa que das 6.349 crianças e jovens integradas no sistema de acolhimento, 2.657 precisou de acompanhamento psicológico regular (41,8%), enquanto 1.747 teve acompanhamento pedopsiquiátrico/psiquiátrico regular (27,5%). Por outro lado, 29,8% (1.895) fez medicação pedopsiquiátrica/psiquiátrica.

Concretamente em relação a problemas de saúde mental, o relatório aponta que a “deficiência mental clinicamente diagnosticada foi a que apresentou uma maior incidência, tendo sido observada em 544 (8,5%) crianças e jovens em acolhimento”.

“Foram identificadas 352 crianças e jovens com perturbação de saúde mental clinicamente diagnosticada (5,5%) registando-se um decréscimo (9%) face ao ano anterior”, lê-se no relatório.

Acrescenta que 896 crianças e jovens tinham problemas de saúde mental, “o que corresponde a cerca de 14,1% do universo, sendo que esta problemática tem maior incidência nas faixas etárias entre os 15 e os 20 anos”.

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