SAÚDE QUE SE VÊ

OMS acrescenta 35 fármacos à lista de medicamentos essenciais

Lusa
05-09-2025 14:00h

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentou 35 fármacos para várias doenças às listas de medicamentos considerados essenciais, que passam a incluir novos tratamentos para o cancro e a diabetes.

A agência das Nações Unidas divulgou hoje a atualização das listas de medicamentos essenciais para adultos e crianças, nas quais foram acrescentados novos tratamentos para vários tipos de cancro e para a diabetes com comorbilidades associadas, como a obesidade, mas também para a fibrose quística, psoríase e doenças relacionadas com o sangue.

Estas listas, segundo a OMS, incluem medicamentos para as necessidades prioritárias de saúde das populações e são adotadas em mais de 150 países, servindo de base para as compras do setor público, fornecimento de fármacos, seguros de saúde e modelos de reembolso.

Entre os medicamentos que foram adicionados, constam os fármacos com o princípio ativo semaglutido, dulaglutido e liraglutido, que são utilizados para a diabetes tipo 2, mas também para a perda de peso, o que tem levado a uma grande procura em vários países, incluindo Portugal.

Os peritos da OMS concluíram que estes medicamentos “podem ajudar as pessoas” com diabetes tipo 2, especialmente as que também têm doenças cardíacas ou renais, melhorando o controlo do açúcar no sangue, reduzindo o risco de complicações, ajudando na perda de peso e até diminuindo o risco de morte precoce.

A organização salientou que a diabetes e a obesidade são dois dos desafios de saúde mais urgentes que o mundo enfrenta, tendo em conta que mais de 800 milhões de pessoas viviam com diabetes em 2022, metade das quais sem tratamento, enquanto mil milhões são afetadas pela obesidade.

No caso dos medicamentos contra o cancro, foram avaliados sete pedidos, abrangendo 25 fármacos, adiantou a OMS, ao salientar que o seu comité de peritos aplica critérios rigorosos para recomendar apenas as terapêuticas que oferecem o maior benefício clínico.

“Como resultado, são incluídos poucos medicamentos contra o cancro aprovados – apenas aqueles que comprovadamente prolongam a vida por pelo menos quatro a seis meses”, referiu a organização em comunicado.

Lançadas em 1977, principalmente para promover um melhor acesso aos medicamentos nos países em desenvolvimento, as listas agora atualizadas incluem um total de 523 medicamentos essenciais para adultos e 374 para crianças, refletindo as necessidades mais urgentes de saúde pública.

Como resultado da análise do Comité de Peritos da OMS, foram adicionados 20 novos medicamentos à Lista e Medicamentos Essenciais e 15 à Lista de Medicamentos Essenciais para Crianças, juntamente com novas indicações de utilização para sete produtos que já as integravam.

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