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Hospital de referência de São Tomé começa a ser construído em 2026 e vai custar 32 ME

08-08-2025 15:48h

As obras do futuro hospital de referência de São Tomé começam em 2026, financiadas pelo Fundo Kuwait e o Banco Árabe de Desenvolvimento Africano (BADEA), e custará 37 milhões de dólares (32 milhões de euros), anunciou hoje o Governo.

“Já temos o total engajamento também do BADEA para completar os tais 37 milhões para o custo total do projeto”, sublinhou o ministro de Estado, da Economia e Finanças de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe, no final de uma semana de negociações com representantes do Fundo Kuwait e do BADEA.

Segundo o ministro, os 37 milhões de dólares serão destinados para obras, aquisição de equipamentos e formação de recursos humanos, sendo que, do valor total, o BADEA vai assegurar cerca de 18 milhões de dólares, o Fundo Kuwait 16,44 e o Estado são-tomense cerca de 2,5 milhões de dólares.

Gareth Guadalupe assinou hoje um memorando de entendimento e adenda ao contrato de empréstimo com o representante do Fundo Kuwait, tendo afirmado que foi agora definido que os valores não serão transferidos para a conta do Estado são-tomense, sendo que as despesas para a execução do projeto serão pagas diretamente pelo Fundo Kuwait.

“Nós não precisamos ter o valor connosco, o que precisamos é ter o hospital completamente equipado”, sublinhou o ministro, que apelou para que não se faça política com este projeto.

Gareth Guadalupe adiantou que as obras deverão começar no primeiro trimestre de 2026, mas nas próximas duas semanas o Governo vai iniciar os trabalhos para assegurar o fornecimento exclusivo de energia, água e internet de fibra ótica para os serviços do novo hospital, que incluirá uma unidade de hemodiálise.

O projeto inicial concebido em 2016 previa a reabilitação do atual Hospital Ayres de Menezes em São Tomé, tendo o Governo são-tomense assinado um acordo de empréstimo com o Fundo Kuwait no valor de 17 milhões de dólares para o efeito.

A assinatura do acordo de empréstimo gerou polémicas no país, e com a mudança de Governo em 2018 levou a prisão preventiva do atual primeiro-ministro são-tomense, Américo Ramos, que na altura assinou o acordo enquanto ministro das Finanças do Governo do ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada (2018-2018).

O executivo do ex-primeiro-ministro Jorge Bom Jesus (2018-2022) reestruturou o projeto e o valor subiu na altura para cerca de 32 milhões de dólares, sem que as obras se tivessem iniciado.

O atual executivo liderado por Américo Ramos, empossado em janeiro, optou pela construção do novo hospital, na zona de Ferreira Governo, no distrito de Lobata, o que definiu como a sua “principal bandeira”.

 

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