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Mpox: Governo provincial moçambicano pede prudência após casos confirmados

LUSA
07-08-2025 15:04h

A governadora da província moçambicana de Manica, no centro do país, pediu hoje mais prudência à população na prevenção da mpox, quando se registam dois casos na região, de um total de 31 em Moçambique.

“Sabemos que há algumas pessoas que podem ter [casos de mpox] nas suas residências, que não são contabilizados porque não chegaram ao centro de saúde, mas queremos apelar à nossa população para ser mais prudente na prevenção desta doença”, disse a governadora da província de Manica, Francisca Tomás, em declarações aos jornalistas.

Até ao momento, as autoridades sanitárias de Moçambique contabilizam 28 casos de mpox no Niassa (norte), dois em Manica (centro) e um na província de Maputo (sul), com o Governo a apelar que se evite o pânico e a desinformação em relação à doença, visando combater a discriminação que possa surgir contra as vítimas.

Com Manica a registar dois casos nos distritos de Chimoio e Machaze, a governadora da província pediu que se combata a mpox com os mesmos métodos com que se travou a covid-19 no país.

“Devemos prevenir esta doença mpox lavando as mãos, não apertar as mãos uns aos outros e, principalmente, isolando os doentes que se encontram nesta situação de mpox. Também podemos usar as máscaras quando temos um doente em casa e termos a higiene pessoal e higiene coletiva, que é para evitar que essa doença se alastre”, referiu Francisca Tomás.

Moçambique vai receber em setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou o Governo.

As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, apontando também o rastreio comunitário como melhor método para travar a doença.

As autoridades de saúde garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com a mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 150 neste surto.

A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de mpox em Moçambique ocorreu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do Centro Operativo de Emergências em Saúde Pública (COESP), órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.

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