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“O combate à fraude devia ser de todo o sistema público”

SCO/ Canal S+
23-07-2025 12:32h

Perante as denúncias de alguns casos de médicos com ganhos milionários, por trabalho adicional, o Governo decidiu criar uma Unidade de Combate à Fraude no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em declarações ao Canal S+, Luís Cunha Miranda, Coordenador do Gabinete do Acto Médico da Ordem dos Médicos, afirma que “o combate à fraude devia ser de todo o sistema público, seja ele o de saúde, autarquias, do próprio Governo ou mesmo o financiamento partidário”.

O médico reumatologista acrescenta ainda que o SNS deveria estar a ser pensado e estruturado a 10 ou 15 anos, pois “quando não se estrutura nem planeia, colocam-se profissionais e doentes em risco”. Nesse sentido, não o surpreende a notícia de que mais de 1200 médicos e enfermeiros tenham entregue desde o início do ano escusas de responsabilidade, acrescentando que “o problema é que ninguém vê o que está por de trás dessas escusas”.

Para Luís Cunha Miranda, os cuidados de saúde primários devem estar envolvidos nesta estruturação, e ser valorizados. No último mês, o número de utentes sem médico de família voltou a aumentar, para 25 mil pessoas. O médico reumatologista defende que estes estudos deveriam ser alargados a todas as especialidades, para assim se conhecer a verdadeira realidade do país, no que toca a falta de médicos, e criar um plano estratégico.

Luís Cunha Miranda foi convidado do episódio desta semana de Efeito Placebo, um espaço de opinião do Canal S+ que pode ver todas as terças-feiras, às 21h.

 

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