A IL vai propor a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão do INEM, um dia depois de ter sido noticiado que a morte de um homem em novembro de 2024, durante uma greve do instituto, poderia ter sido evitada.
“A Iniciativa Liberal vai dar entrada no parlamento do pedido de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”, lê-se numa nota enviada pelo partido à comunicação social.
Este anúncio surge um dia depois de ter sido noticiado que um relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) concluiu que a morte de um homem em novembro de 2024, quando decorreu a greve do INEM, poderia ter sido evitada.
Na nota enviada à comunicação social, a IL frisa que “os eventuais atrasos no atendimento durante a greve de novembro levantaram dúvidas sobre uma possível relação entre a grave e a morte de utentes”.
“Este foi mais um episódio que demonstra a clara falta de meios que o INEM tem para dar uma resposta adequada à população. São anos de má gestão que colocam em risco a vida dos utentes”, considera o partido.
A IL quer assim ouvir “os responsáveis pela degradação do serviço e das condições de trabalho dos profissionais do INEM”, entre os quais os ex-ministros da Saúde do PS Marta Temido e Manuel Pizarro, assim como a atual ministra, Ana Paula Martins.
O partido quer também ouvir o atual presidente do INEM, Sérgio Janeiro, assim como os dois anteriores, Luís Meira e Vítor Almeida, e os sindicatos do instituto.
Esta quarta-feira, foi revelado que um relatório da IGAS concluiu que a morte de um homem em novembro de 2024 teria sido evitada se tivesse sido socorrido num tempo mínimo e razoável.
Este caso remonta a 04 de novembro de 2024, dia em decorreu, em simultâneo, duas greves - uma dos técnicos de emergência pré-hospitalar às horas extraordinárias e outra da administração pública.
A notícia das conclusões foi avançada pelo Expresso e confirmada por um comunicado da IGAS enviado à Lusa.