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Associação apela à criação da profissão de técnico de emergência médica

LUSA
21-06-2025 23:00h

A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) apelou hoje à criação "formal e regulamentada" da profissão de técnico de emergência médica, através da agregação de três profissões já existentes.

"Portugal precisa de uma resposta pré-hospitalar profissional, reconhecida e altamente qualificada", aponta ANTEM, em comunicado, apelando à criação da profissão de técnico de emergência médica, dado que esta "não é uma realidade funcional, mas uma profissão ainda por reconhecer".

Em declarações à agência Lusa, o presidente desta associação explica, que, ao nível da competência técnica, nesta matéria existem três profissões: a carreira especial de Técnico de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) do INEM, que conta com "cerca de mil operacionais", os tripulantes de ambulância de socorro (TAS), que abrangem "entre 15 a 30 mil" profissionais e os tripulantes de ambulância de transporte.

Com a proposta de criação da profissão de técnico de emergência médica, a ideia é que "estas três carreiras deixem de existir nesta diversidade e passem a exigir uma única carreira", sublinha Paulo Paço.

Em comunicado, a ANTEM afirma ainda que esta profissão deve ser criada e reconhecida como profissional de saúde, "deve ser criado um percurso de educação nacional credenciado e certificado, seguindo modelos internacionais em uso com provas dadas da sua eficácia, e assente na medicina pré-hospitalar" e considera "urgente instituir uma carreira técnica, com valorização e progressão".

A associação recorda que os técnicos de emergência médica assumem "funções críticas no atendimento a vítimas de trauma, doença súbita, acidentes e catástrofes — prestando cuidados clínicos, monitorização e estabilização em cenários de elevado risco e sob pressão", mas destaca que estes "operam sem enquadramento legal, formação padronizada ou carreira técnica definida".

"A ausência de regulação prejudica não só os profissionais, como compromete a eficácia, segurança e equidade da resposta em emergência médica, sobretudo em zonas mais vulneráveis ou carenciadas de recursos", remata a associação.

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