No ano em que a Cruz Vermelha Portuguesa celebra 160 anos de existência, António Saraiva, presidente da instituição, acusa o Estado de aproveitar o setor social para contratualizar serviços a valores abaixo do mercado.
Em entrevista ao programa "Raio-X", do Canal S+, António Saraiva afirma que a Cruz Vermelha tem várias valências e em muitas delas substitui o Estado no setor social. " A Cruz Vermelha é percecionada como uma entidade que está no terreno em caso de catástrofe e é muito mais do que isso. O Estado protocola connosco determinadas funções, a um determinado valor, e depois esquece que aumenta o Salário Mínimo Nacional e não reflete no preço contratualizado", argumenta.
No caso da violência doméstica, António Saraiva diz que a dívida do Estado já é de dois milhões de euros. "Sou credor há dois anos (...) de dois milhões de euros de dívida", afirma.
A Cruz Vermelha Portuguesa presta serviços em várias valências e no dia 11 de fevereiro deste ano assinalou 160 anos de existência.