SAÚDE QUE SE VÊ

Programa para redução dos comportamentos aditivos e dependências nos Açores apresentado este mês

LUSA
04-06-2025 12:53h

O Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) vai apresentar este mês o Programa Regional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências e o Observatório Regional das Drogas “começará a ser definido” este ano, revelou hoje a tutela.

“O Programa Regional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências, parte integrante do Programa do XIV Governo Regional, preconiza uma intervenção em linha com o que o país e a União Europeia consideram ser basilar para trabalhar nesta área”, afirmou a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, no parlamento regional, na Horta, no debate de urgência pedido pelo Chega sobre “O combate às dependências químicas e tecnológicas: o que temos feito ou podemos fazer?”.

Segundo a governante, o documento, que engloba o Programa do Governo e que tem a vigência de cinco anos (2025-2030), será apresentado publicamente, no dia 27 de junho, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, “aquando da assinatura do protocolo de cooperação da Macaronésia, na medida em que estas regiões enfrentam desafios comuns no âmbito dos comportamentos aditivos e dependências e saúde mental, como forma de promover a saúde, o bem-estar e o desenvolvimento das populações e respetivas comunidades regionais”.

“A visão estratégica do plano incide na consolidação e aprofundamento de uma política pública integrada e eficaz no âmbito da prevenção dos comportamentos aditivos e dependências, com base numa articulação intersetorial, visando ganhos em saúde e bem-estar na sociedade”, admitiu.

Para assegurar os mecanismos alinhados com esta visão, Mónica Seidi adiantou que foram definidos alguns princípios como o da centralidade no cidadão e a intervenção integrada “que implica que toda a comunidade esteja envolvida no processo de intervenção”.

Mónica Seidi também revelou que o Observatório Regional das Drogas “começará a ser definido no presente ano com o reforço da equipa da Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências na ilha de São Miguel”.

“Será uma ferramenta valiosa de produção de conhecimento, permitindo recolher dados por ilha, faixa etária e tipologia de risco, viabilizando uma afinação progressiva das políticas públicas adaptadas à realidade de cada comunidade. A sua implementação evoluirá por três fases distintas, sendo que será necessário um parceiro externo com conhecimento na área”, admitiu.

No âmbito das medidas tomadas pelo executivo regional para combater o problema das dependências, lembrou que em maio de 2023 foi criada a ‘Task Force - Açores’ que integra várias entidades e tem como propósito “a análise da realidade regional nesta matéria, assim como promover um debate articulado entre os vários intervenientes do setor nos vários eixos de atuação, bem como propor medidas adequadas às problemáticas entretanto identificadas”.

A ‘Task-Force Açores’ já reuniu 11 vezes e prepara a 12.ª reunião, que acontecerá na sexta-feira, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, “para analisar e debater a implementação de salas de consumo assistido na região”, adiantou.

“A prevenção é sem dúvida alguma a aposta clara que temos de continuar a fazer, de forma a evitar o início de consumos, e para que todo e qualquer indivíduo tenha noção das escolhas feitas”, assumiu na sua intervenção.

Já relativamente ao eixo do tratamento, a secretária regional da Saúde e Segurança Social dos Açores considerou que o grande objetivo consiste em “disponibilizar a toda a população o acesso em tempo útil a respostas terapêuticas integradas”.

“A intervenção integrada implica que toda a comunidade esteja envolvida no processo de intervenção”, concluiu.

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