A Câmara Municipal da Sertã, no distrito de Castelo Branco, vai disponibilizar alojamento aos médicos que desempenhem funções no centro e nas extensões de saúde do concelho.
Numa nota enviada à agência Lusa, o município da Sertã explicou que esta medida surge no âmbito de um protocolo celebrado entre a autarquia e a Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco e que visa dar uma resposta à escassez de alojamento para médicos no concelho.
Segundo o presidente da Câmara da Sertã, Carlos Miranda, este fator tem limitado a fixação de médicos, “colocando em risco a qualidade e a continuidade dos cuidados de saúde prestados à população”.
O protocolo celebrado entre as duas instituições prevê a cedência de alojamento a médicos que desempenhem funções no centro da saúde ou nas extensões de saúde da Sertã.
Desta forma, pretende-se mitigar “os impactos da interioridade” e, ao criar condições para a permanência destes profissionais no concelho, “assegurar um serviço mais humanizado, estável e eficaz à comunidade local”, sustentou o autarca.
Para além deste protocolo, o município da Sertã celebrou outro acordo com a ULS de Castelo Branco, com o intuito de criar mais e melhores condições no acesso da população à saúde.
Um deles inclui o projeto “S3S – Sertã Saudável, Segura e Solidária”, que visa a utilização de soluções digitais e tecnológicas que complementem os cuidados médicos tradicionais, permitindo o acompanhamento remoto de parâmetros clínicos.
Trata-se de um projeto de telemonitorização de saúde que será candidatado pelo município da Sertã a financiamento.
De acordo com a autarquia, o “S3S – Sertã Saudável, Segura e Solidária” irá permitir um reforço no acompanhamento do percurso clínico dos doentes, a monitorização de doentes crónicos, o acompanhamento pós-alta hospitalar e o registo de parâmetros clínicos como a glicemia, tensão arterial, peso e saturação de oxigénio, entre outros.
Além disso, possibilita a redução da carga de cuidados motivada por múltiplos contactos com o sistema de saúde e farmácias.
Carlos Miranda considerou que este projeto representa um passo importante na modernização dos cuidados de saúde no concelho e, ao mesmo tempo, “aposta na proximidade, segurança e autonomia dos nossos munícipes”.