O Grupo Valouro, que reclama a liderança do setor alimentar avícola em Portugal, aumentou em 30% a produção de aves para responder aos supermercados, devido à pandemia do novo coronavirus, disse hoje o seu administrador.
José António dos Santos disse à agência Lusa que o abate de aves nos matadouros "aumentou 30% para fazer face às encomendas dos supermercados".
Já a produção de produtos transformados baixou "20 a 25%" por haver "trabalhadores com filhos em casa", cerca de 30%, na sequência do encerramento das escolas.
Ainda assim, o grupo "tem reservas suficientes" em congelado para continuar a abastecer o mercado, garantiu.
Já o fabrico de alimentação para animais mantém-se idêntica.
Nos últimos 15 dias, o grupo implementou várias medidas para contenção do surto do novo coronavirus entre os seus 2.800 trabalhadores, distribuídos por várias unidades do país, entre as quais a obrigatoriedade de medir a temperatura de cada um à saída das instalações, além do uso generalizado de máscaras e desinfetantes.
Em algumas unidades do grupo, os turnos aumentaram de dois para três para alternar os horários de trabalho e evitar uma maior concentração de trabalhadores e foram adotadas distâncias mínimas entre trabalhadores.
A fábrica da Avibom e a empresa Valouro, ambas em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, possuem respetivamente 280 e 140 trabalhadores e são as unidades do grupo com maior número de trabalhadores.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal. Do total de infetados, mais de 75.000 recuperaram.