O cancro é responsável por cerca de 50% das mortes prematuras por doenças não-transmissíveis no Malaui, anunciou hoje o Ministério da Saúde do país, assinalando a efeméride do Dia Mundial do Cancro.
Segundo o comunicado do ministério, assinado pelo secretário de Estado para a Saúde, os cancros mais comuns no Malaui, nação vizinha de Moçambique, são "o cancro do colo do útero, o sarcoma de Kaposi [muito associado ao Vírus da Imunodeficiência Humana], o cancro no esófago e o cancro na mama".
"Para reduzir o transtorno causado por esta doença, o Ministério da Saúde intensificou medidas preventivas como a vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) [uma das maiores causas do cancro do colo do útero] em meninas a partir dos nove anos de idade, a vacinação contra a hepatite B em pessoas de alto-risco, investiu em serviços de rastreio do cancro do colo do útero e da mama e proporciona o acesso universal a medicamentos retrovirais", indicou.
"É importante que os cidadãos consigam fazer tratamentos em tempo útil e que consigam suportar os custos dos mesmos", refere-se no comunicado.
A entidade governamental urge todos os cidadãos a priorizarem a prevenção contra o cancro e salientou estar disponível para proporcionar apoio emocional e psicológico aos pacientes, sobreviventes e respetivos familiares, concluiu.
Embora os cancros e outras doenças sejam menos focadas comparando com as principais doenças infecciosas que têm sido a prioridade de saúde do continente africano durante décadas, o Centro Internacional de Investigação do Cancro prevê que o número de casos duplique nos próximos 20 anos na África Subsariana.
A OMS prevê que, até ao final da década, a mortalidade relacionada com o cancro excederá a da malária, tuberculose e VIH combinadas, que mataram cerca de 1,5 milhões de pessoas no continente africano em 2021.