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Plano de Emergência e Proteção Civil de Leiria passa a incluir cenário de pandemia

Lusa
04-02-2025 19:01h

A revisão do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Leiria, hoje aprovada por unanimidade em reunião de Câmara, passa a incluir o cenário de pandemia, disse hoje à agência Lusa o vereador Luís Lopes.

“Além da óbvia atualização, quer dos recursos, quer dos contactos e até da reorganização, por exemplo, da própria ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil], relativamente àquilo que constava no anterior plano, tivemos ainda de considerar mais um cenário que não tinha sido trabalhado, nem constava da doutrina anterior dos planos de Emergência e Proteção Civil, que tem a ver com o cenário de pandemia”, afirmou Luís Lopes.

O autarca, que tem, entre outros, o pelouro da Proteção Civil, lembrou que durante o período de pandemia de covid-19 “os planos também foram ativados”, mas, “na prática, não tinham instruções específicas em matéria de pandemia e qual era a articulação em sede de proteção civil, de saúde pública”.

“Aproveitámos o período que todos vivemos relativamente à covid-19, para incluir também quer um cenário, quer instruções específicas e a forma como depois todas as entidades se articularam e coordenaram também em sede de proteção civil”, adiantou.

Por outro lado, a revisão do documento atualizou “a avaliação de riscos do próprio território e também os próprios cenários e aquilo que é a análise em função das alterações climáticas, por exemplo, e do recente plano de gestão de riscos de inundação", que foram contemplados, quer na revisão da cartografia, mas também das próprias instruções”, elencou o autarca.

“Também há um reflexo contínuo, por exemplo, do número de incêndios rurais que tivemos nos últimos anos no concelho, que também se traduziu numa perda de resiliência, uma vez que temos menos floresta”, esclareceu, observando que a situação levou a alterar “alguns conceitos”.

O vereador realçou ainda na revisão “uma simplificação daquilo que é o fluxo de acionamento do próprio plano e a forma como as entidades se relacionam depois, quer na ativação, mas também naquilo que é a lógica preventiva e de preparação do próprio plano”.

De acordo com Luís Lopes, “os simulacros, as ações de formação e de preparação dos próprios agentes de proteção civil estão devidamente articulados com os cenários que o plano contempla”.

“Agora, após a aprovação que se espera que aconteça também na Assembleia Municipal e a sua publicação, teremos 180 dias para testar novamente o plano, algo que temos feito anualmente, mas que iremos agora fazer, para concluir este processo de revisão e de atualização do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil”, acrescentou.

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