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Moçambique prevê imunizar mais de 400 mil crianças contra malária no Niassa

Lusa
22-01-2025 12:15h

As autoridades de saúde moçambicanas preveem imunizar pelo menos 433 mil crianças contra a malária na província de Niassa, numa campanha que arranca sexta-feira, anunciou ontem fonte oficial.

“Esta é a segunda província que está a receber esta intervenção depois de Nampula. O nosso apelo vai para nossos cuidadores de crianças dos 3 aos 59 meses, sobretudo as mães, para aderirem, porque esta intervenção é para reduzir os casos graves que entram nas nossas unidades sanitárias”, disse aos jornalistas o chefe do departamento de Saúde Pública na direção de Saúde no Niassa, Amândio Viola.

O responsável disse que a campanha deverá decorrer em quatro fases, entre janeiro e abril deste ano, e que estarão envolvidos mais de 7.400 técnicos da saúde, incluindo enfermeiros, supervisores, coordenadores, gestores e distribuidores, organizados em 1.600 equipas.

 Moçambique registou 6,2 milhões de casos de malária no primeiro semestre de 2024, menos 22% do que em igual período do ano anterior, e o número de óbitos provocados pela doença baixou de 211 para 196, anunciou o Governo em 05 de agosto de 2024.

“A malária continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública no nosso país e, em parte, condiciona o nosso desenvolvimento económico”, reconheceu, na altura, na província da Zambézia, o então ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante o arranque do programa de vacinação contra a doença na província da Zambézia.

As autoridades moçambicanas anunciaram anteriormente que seria utilizada no país a R21/Matrix-M, segunda vacina contra a malária para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e aprovada em outubro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina a utilizar em Moçambique é a segunda recomendada pela OMS, após a RTS,S/AS01 em 2021, seguindo os conselhos do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE) e do Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG).

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