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Covid-19: Nova Iorque vai fechar escolas públicas a partir de segunda-feira

LUSA
15-03-2020 23:56h

A cidade de Nova Iorque, que tem o maior sistema escolar dos Estados Unidos, com 1,1 milhões de estudantes, vai fechar as escolas públicas a partir de segunda-feira e, pelo menos, até 20 de abril devido ao novo coronavírus.

"Isto vai ser muito difícil para muitas famílias, mas temos que proteger a saúde dos nova-iorquinos. Juntos temos de responder e juntos vamos superar esta crise", disse o presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio.

O diretor do Departamento de Educação, Richard Carranza, explicou que os professores receberão instruções e recursos para poder dar aulas online a partir de 23 de março.

O estado norte-americano de Nova Iorque registou no sábado a primeira morte relacionada com o novo coronavírus, uma mulher de 82 anos que estava hospitalizada com um problema pulmonar, anunciaram as autoridades locais.

O número de infetados com o vírus da pandemia Covid-19 em Nova Iorque chegou no sábado aos 524, disse governador do estado, Andrew Cuomo, que explicou que os infetados continuarão a ser cada vez mais porque aumentou a capacidade de fazer testes.

Os professores do distrito escolar da cidade de Nova Iorque, o maior de todos os Estados Unidos, com mais de um milhão de estudantes, pediram no sábado ao presidente da câmara, Bill de Blasio, o fecho total das escolas, para evitar a propagação do novo coronavírus.

Na sexta-feira, o presidente da câmara rejeitou o encerramento das escolas com o argumento de que muitos pais não têm onde deixar os filhos para ir trabalhar.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes e que regista 1.809 vítimas fatais.

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