O Governo de Moçambique negociou até setembro 13 acordos de donativos externos, para diversos projetos, no valor total de 735,89 milhões de dólares (696,4 milhões de euros), segundo dados oficiais.
De acordo com dados da execução orçamental dos nove primeiros meses do ano, do Ministério da Economia e Finanças, neste período foram “efetuadas negociações financeiras de 13 acordos de donativos”, sendo o mais recente, com o Banco Mundial (BM), de setembro, no valor de 170 milhões de dólares (162,4 milhões de euros), para o Projeto Regional de Recuperação para Situação de Emergência e Acesso a uma Recuperação Inclusiva.
Dos acordos negociados este ano, oito foram com o BM, totalizando 601 milhões de dólares (568,8 milhões de euros) e cinco com o Banco Africano de Desenvolvimento, somando 134,89 milhões de dólares (127,6 milhões de euros).
Acrescem dois acordos de crédito concessional, assinados com o Banco Árabe para o Desenvolvimento em África, no valor de 20 milhões de dólares (18,9 milhões de euros) para financiar a iniciativa “Um distrito, um hospital”, e com um banco estatal italiano, de 36 milhões de dólares (34 milhões de euros), para um projeto agroalimentar em Manica (oeste).
O presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, destacou em 16 de abril o papel de Moçambique como base do mercado de eletricidade na África austral, após um encontro em Washington com o Presidente moçambicano, prometendo novas parcerias com o país.
“Tivemos uma boa discussão sobre o trabalho que está a ser feito, os resultados do desenvolvimento económico que Moçambique tenta alcançar, a melhoria do crescimento económico, a melhoria da inflação. Mas o mais importante é que discutimos a oportunidade para os jovens e para o seu futuro e como, se investirmos nos jovens, isso se tornará no futuro do país”, disse Ajay Banga, em declarações aos jornalistas após reunir-se com Filipe Nyusi.
Na reunião que decorreu na sede do Banco Mundial, na capital norte-americana, os dois dirigentes abordaram “a importância deles [dos jovens] para o emprego e como criar empregos com certos ativos com que Moçambique já está a fazer um bom trabalho, como na energia e eletricidade”, referiu Banga.
Moçambique não só melhorou “o acesso à eletricidade para a sua própria população, e há mais para vir, mas também está a tornar-se uma base para o mercado da eletricidade na África austral, um excelente passo em frente”, acrescentou.
O presidente do Grupo Banco Mundial defendeu então que há ainda “muito que o Governo e o setor privado podem fazer em conjunto”, não apenas na eletricidade.
“Incluindo o turismo, infraestruturas, tudo alinhado para a criação de empregos para o futuro do nosso mundo, que são os jovens. Por isso, quero parabenizar o Presidente e seu Governo pelo trabalho que estão realizando. Estou ansioso por mais parcerias conjuntas”, disse Banga.