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PS preocupado com adiamento da abertura do novo hospital em Évora

Lusa
19-09-2024 16:13h

O PS manifestou-se hoje preocupado com o adiamento da conclusão das obras do Hospital Central do Alentejo, em construção em Évora, e prometeu exigir ao Governo medidas que garantam o fim da empreitada “o mais rapidamente possível”.

“É com profunda preocupação que a Federação de Évora do Partido Socialista recebe a notícia do adiamento da entrada em funcionamento do Hospital Central do Alentejo”, pode ler-se num comunicado enviado à agência Lusa por esta estrutura partidária.

A entrada em funcionamento da futura unidade hospitalar foi adiada para o primeiro semestre de 2026, devido a atrasos nas obras, indicou o Ministério da Saúde, na quarta-feira, numa resposta a questões da Lusa por correio eletrónico.

Frisando que o novo hospital “representa um investimento significativo na saúde pública e no progresso da região” alentejana, os socialistas de Évora lamentaram que o projeto “seja novamente adiado”.

“Procuraremos perceber, junto do atual Governo, mais concretamente do Ministério da Saúde, e das entidades envolvidas o que conduziu a este impasse e exigiremos que sejam tomadas as medidas necessárias para garantir a conclusão da obra o mais rapidamente possível”, vincaram.

A Federação Distrital de Évora do PS, liderada pelo atual deputado socialista Luís Dias, também alertou para “a falta de resolução das questões relacionadas com as expropriações dos terrenos para as acessibilidades”.

Esta situação “revela uma total descoordenação entre as diferentes entidades envolvidas”, argumentou, considerando que “a burocracia e a falta de diálogo entre o Governo e a Câmara de Évora estão a colocar em causa a concretização” do projeto.

Também na quarta-feira, em declarações à Lusa, o presidente do município, Carlos Pinto de Sá, disse que, tal como já alertou várias vezes, ainda não foi alterado um protocolo para que a autarquia assuma as competências pelas expropriações, nem foram transferidas as verbas.

No comunicado, o PS de Évora lembrou que foi um governo socialista que iniciou o projeto e que também deu “os passos necessários para que a criação de um curso de Medicina possa ser uma realidade futura”.

“Trata-se de um dos maiores investimentos feitos no Alentejo até hoje e as nossas populações merecem-no há já muito tempo”, pelo que, para o PS, o projeto do novo hospital “continua a ser uma prioridade”.

A conclusão das obras do novo hospital já teve várias datas anunciadas, como o final de 2023 ou início de 2024, final de 2024, fevereiro de 2025, no tempo do Governo do PS, e, agora, primeiro semestre de 2026, com o Governo AD.

Envolvendo um investimento superior a 200 milhões de euros, o futuro hospital deverá ter 360 camas em quartos individuais, o que pode ser aumentado, se necessário, até 487, 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para ambulatório e dois de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro, entre outras valências.

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