SAÚDE QUE SE VÊ

Câmara de Lisboa prepara requalificação da Praça das Novas Nações e Rua de Angola

Lusa
24-05-2024 21:33h

A recuperação do espaço infantil da Praça das Novas Nações, a circulação rodoviária apenas num sentido e mais estacionamento na Rua de Angola, na freguesia de Arroios, fazem parte do projeto de requalificação hoje apresentado pela Câmara de Lisboa.

No âmbito do programa “Há Vida no Meu Bairro”, do pelouro do Urbanismo da autarquia lisboeta, foi apresentado na Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão o projeto de requalificação da Praça das Novas Nações e Rua de Angola, na freguesia de Arroios.

Segundo o resumo do projeto, a que a Lusa teve acesso, prevê-se que na Praça das Novas Nações, atualmente a funcionar como rotunda e com sentidos únicos seja criada efetivamente uma “praça” em frente à Escola Básica Sampaio Garrido e com sentidos unidos descendentes.

Em alternativa aos 16 lugares de estacionamento e muito trânsito de atravessamento em frente à entrada da escola, propõe-se o aumento das sete árvores em frente ao estabelecimento de ensino para 16 árvores no arruamento, a relocalização da paragem do autocarro e criação de uma zona de “drop off/drop-on”.

O atual espaço infantil, a praça pouco apelativa e as passadeiras sem piso tátil e com ressalto deverão dar lugar a uma recuperada zona de recreio infantil e a novas zonas de coexistência.

Para a Rua de Angola, com dois sentidos de trânsito, 26 lugares de estacionamento, sem árvores, passadeiras sem piso tátil e com ressalto e passeios estreitos e degradados, o projeto prevê um sentido de trânsito descendente, 33 lugares de estacionamento, 12 novas árvores, passadeiras sobrelevadas, aumento e requalificação de passeios.

Além de procurar resolver o problema da grande exposição solar nas zonas pedonais, os planos da autarquia visam a “melhoria da mobilidade e acessibilidade” na zona, de acordo com o projeto para esta zona do antigo Bairro das Colónias (rebatizado das Novas Nações em 1975), que deverá ficar concluído em julho.

Numa nota enviada à Lusa, a vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, eleita pela coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), explica que a intervenção é um projeto-piloto do programa “Há Vida no Meu Bairro” e “tem como principais objetivos garantir a acessibilidade pedonal segura a equipamentos e serviços de proximidade” e “melhorar a ligação entre diferentes atividades e espaços urbanos”.

A promoção da “acalmia de tráfego através do reperfilamento das vias, reordenamento do estacionamento e aumento do espaço pedonal” também fazem parte dos objetivos da intervenção, assim como “criar maior conforto térmico com mais árvores” e “promover o convívio entre moradores e comunidade escolar, aumentando o espaço de estar, lazer e encontro”, acrescenta.

“Estamos a falar de uma área de intervenção de 5.300 metros quadrados, com início de obra na primeira metade de 2025”, adianta Joana Almeida.

O programa “Há Vida no Meu Bairro”, refere ainda a autarca, “é a aplicação prática do conceito da ‘Cidade dos 15 Minutos’ em Lisboa”, uma “forma de olhar para as cidades onde as principais funções urbanas – comércio, espaços verdes e de lazer, educação, cultura e saúde – estão a uma curta distância”.

“Este programa promove uma rede pedonal confortável e segura nos bairros da cidade e vai ter perto de duas dezenas de obras concluídas ou lançadas ainda neste mandato”, frisa a vereadora, assegurando que a autarquia está “em diálogo permanente com todas as freguesias da cidade para identificar as prioridades de intervenção” e “promover mais e melhor espaço público”.

Os projetos-piloto no espaço público vão acontecer nas 24 freguesias do município, e os critérios para a seleção das intervenções incluem a envolvente de escolas e outros equipamentos públicos, envolvente do comércio de rua, valorização de largos como espaços de convivência comunitária e ruas centrais pouco confortáveis ou seguras para o peão.

MAIS NOTÍCIAS