“Apesar de todas as atrocidades cometidas nesse hospital pelas tropas israelitas, o Ministério da Saúde de Gaza está empenhado em fornecer serviços de saúde à nossa população e em reabilitar as instalações afetadas pelos ataques”, explicou num vídeo - gravado dentro de uma das salas do departamento de diálise com os primeiros pacientes - Marwan Abu Seada, cirurgião-chefe deste complexo médico.

Abu Seada afirmou que, nesse momento, apenas cinco máquinas de diálise estão a funcionar, mas que são cruciais para muitos dos pacientes do norte do enclave que sofrem de doenças renais após o encerramento essa semana do único hospital naquela área, o Kamal Adwan, que podia fornecer cuidados desse tipo.

A situação do sistema de saúde de Gaza é cada vez mais crítica, uma vez que 24 dos seus 36 centros hospitalares estão fora de serviço, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), e aqueles que permanecem operacionais estão a trabalhar em níveis mínimos.

O único gerador que fornecia eletricidade ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, no centro de Gaza, do qual dependem 1,5 milhões de habitantes de Gaza, parou de funcionar devido à falta de combustível.

“O hospital precisa de 50 mil litros de combustível nas próximas horas para evitar um desastre sanitário”, alertou hoje o diretor deste complexo.

O complexo médico kuwaitiano de Rafah, no sul do enclave, também está no limite e poderá parar de funcionar nas próximas horas devido aos ataques diários dos israelitas, segundo o diretor do centro hospitalar, Abu Yousef Al-Najjar, também localizado no sul da Faixa de Gaza.