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Politécnico da Guarda quer prevenir efeitos adversos da medicação nos idosos

Lusa
03-04-2024 13:47h

A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda participa num projeto europeu que tem como objetivo prevenir os efeitos adversos da medicação nos idosos, combater a perda de autonomia e diminuir as hospitalizações.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) referiu que a instituição integra o projeto europeu denominado STOP-IATRO, que tem como objetivo prevenir a iatrogenia, os efeitos adversos da medicação nos mais velhos.

Com financiamento europeu de 1,7 milhões de euros, o projeto reúne investigadores e profissionais de saúde que vão trabalhar em conjunto para combater a perda de autonomia e diminuir as hospitalizações.

A iniciativa tem parceiros em Portugal, Espanha e França.

O projeto irá identificar boas práticas utilizadas nos três países, analisar os potenciais riscos associados aos cuidados de saúde e elaborar recomendações para melhorar a qualidade de vida da população idosa, e prevenir a sua perda de autonomia.

O STOP-IATRO (Start Therapeutic OPtimisazion and IATRogenesis prevention on Older People) é liderado pelo Centro Hospitalar Universitário de Toulouse, em França, país onde também está envolvido o Centro Hospitalar Universitário de Limoges.

Em Portugal, para além do Politécnico da Guarda, participa a Universidade de Aveiro. Em Espanha, integram o projeto a Fundação Saúde Envelhecimento da Universidade Autónoma de Barcelona e o Instituto de Investigação Biomédica de Málaga.

A iniciativa em Portugal tem ainda como parceiros associados a Associação Nacional de Farmácias, a Sociedade Portuguesa de Farmacêuticos de Cuidados de Saúde Primários, a Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia – bem como as unidades locais de saúde (ULS) da Guarda e da Região de Aveiro.

A investigadora do laboratório de epidemiologia e saúde populacional da Escola Superior de Saúde da Guarda e coordenadora deste projeto no IPG, Fátima Roque, considerou que a otimização no uso de medicamentos em idosos é um grande desafio para os profissionais de saúde, uma vez que durante o envelhecimento ocorrem importantes modificações fisiológicas que os tornam mais propensos a reações adversas aos medicamentos.

De acordo com a investigadora, citada no comunicado do IPG, esse agravamento conduz por vezes ao aumento de hospitalizações e também a situações de dependência.

Fátima Roque assinalou que o projeto STOP-IATRO está a desenvolver estratégias para otimizar a utilização de medicamentos e para a diminuir a iatrogenia medicamentosa, de forma a prevenir a diminuição das capacidades.

Os parceiros irão desenhar ações inovadoras em cocriação com os profissionais de saúde, com vista à implementação de projetos-piloto nas diferentes regiões.

O presidente do IPG, Joaquim Brigas, salientou que a instituição continua a apostar forte em projetos europeus e que que lidera alguns deles, nomeadamente nas áreas da economia azul e da promoção das competências digitais na população.

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