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Angola pede à população que reforce medidas de prevenção contra a cólera

Lusa
08-02-2024 16:03h

O Governo angolano pediu hoje à população que reforce as medidas de prevenção contra a cólera, orientando-os para procedimentos básicos de tratamento da água, devido ao surto nos países da África Austral.

A ministra da Saúde de Angola recordou que a Zâmbia e a República Democrática do Congo (RDCongo), assolados pelo surto de cólera, fazem fronteira com várias províncias angolanas do Moxico, Cuando-Cubango, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Uíje, Zaire e Cabida.

Sílvia Lutucuta, em comunicado hoje tornado público, afirmou existir uma intensa mobilidade de pessoas e bens entre Angola e as repúblicas da Zâmbia e RDCongo, alertando, por isso, para os riscos da doença.

O Ministério da Saúde angolano, neste comunicado com orientações de como se transmite e como evitar a cólera, salientou que a cólera pode matar em poucas horas, se não for tratada, pedindo os cidadãos para avisarem as autoridades em caso de suspeita.

Medidas como lavar frequentemente as mãos, manter a higiene pessoal, tratamento da água com lixívia, fervura da água e lavagem das frutas com água tratada estão entre as recomendações das autoridades.

Angola, que já reforçou medidas de vigilância epidemiológica, não registou até ao momento casos de cólera.

Zâmbia e a RDCongo, ambos países com extensa fronteira terrestre com Angola, são os países que registam o surto de cólera, devido às intensas chuvas que caem naqueles territórios, com relatos de registos de casos também no Zimbábue, Malaui, Moçambique e Tanzânia.

 O Presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e chefe de Estado angolano, João Lourenço, defendeu, na sexta-feira, a urgência de uma ação coordenada e eficaz para se travar o surto.

“A crise de saúde pública que assola a nossa região representa uma séria ameaça ao desenvolvimento sustentável e ao bem-estar dos nossos povos. Neste momento crítico, devemos reconhecer a urgência da nossa resposta e a necessidade de uma ação coordenada e eficaz, pois a cólera não conhece fronteiras e exige uma abordagem regional para enfrentá-la”, sustentou.

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