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Ucrânia: Coordenadora Humanitária da ONU condena ataques a infraestruturas civis

Lusa
07-02-2024 15:43h

A coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, Denise Brown, condenou hoje os ataques a infraestruturas civis essenciais do país, defendendo que “os ucranianos deviam viver sem medo de que ataques perturbem as suas vidas”.

“Estou profundamente perturbada, mais uma vez, por uma angustiante vaga de ataques a vilas e cidades ucranianas esta manhã”, declarou a responsável do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em comunicado.

Denise Brown precisou que “os ataques causaram um número preocupante de vítimas civis e “interromperam em grande escala o fornecimento de serviços essenciais, incluindo eletricidade, água e gás, especialmente na cidade de Mykolaiv e na capital da Ucrânia, Kiev, numa altura em que são muito necessários, neste inverno frio”.

“Milhões de pessoas dependem destes serviços para se aquecerem, cozinharem e deslocarem-se [e] são extremamente importantes para garantir o funcionamento de estabelecimentos de saúde e de ensino”.

Segundo Brown, as organizações humanitárias mobilizaram uma resposta de emergência em Kiev e Mykolaiv, fornecendo materiais para a reparação dos edfícios e assistência psicossocial às pessoas afetadas.

“Os repetidos ataques que danificam infraestruturas civis e causam ferimentos e mortes de civis indicam um padrão preocupante de mal e de violações do direito internacional humanitário. Os civis devem ser poupados à violência”, sustentou a Coordenadora Humanitária da ONU para a Ucrânia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

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