SAÚDE QUE SE VÊ

Indaqua adianta que cabe à ARS Norte identificar foco de `legionella´ em Matosinhos

LUSA
16-11-2023 19:52h

A Indaqua, empresa portuguesa de gestão de sistemas de abastecimento de água, adiantou hoje à Lusa que cabe à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte coordenar e identificar a origem do foco de `legionella´ em Matosinhos.

“Uma vez que os surtos de `legionella´ podem ter origens múltiplas, entre as quais torres de arrefecimento, sistemas de ar condicionado e de águas quentes em edifícios, entre outros, competirá à Autoridade de Saúde coordenar e identificar a origem dos focos, com quem a Indaqua, no âmbito da sua atividade, mantém contactos regulares”, explicou a empresa, em comunicado.

A ARS Norte anunciou hoje a existência de dois utentes infetados com `legionella´ num Equipamento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) em Matosinhos, no distrito do Porto, um dos quais acabou por morrer.

Contudo, a ARS Norte não revelou qual o lar em questão, nem quando ocorreu a morte, nem a idade e o sexo da vítima mortal. Também não adiantou pormenores sobre o outro utente infetado.

A administração regional avançou, contudo, que a origem do ‘cluster’ em Matosinhos é provavelmente ambiental, tendo já sido implementadas as medidas de controlo.

“Tendo em conta que o período de incubação pode ser de até 14 dias (sendo o mais comum de 5 a 7 dias), as autoridades continuarão a monitorizar o surgimento de eventuais novos casos”, frisou.

A ARS-Norte explicou que desde o início do mês foram identificados dois ‘clusters’ de Doença dos Legionários na região Norte, um em Matosinhos e outro em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.

Até à data, em Caminha foi identificado um surto com sete casos confirmados que se encontra em fase de investigação epidemiológica e de determinação das medidas de saúde pública necessárias para o seu controlo.

Contactada pela Lusa, a diretora técnica do Centro Social de Leça do Balio, lar que registou os dois casos de `legionella´, revelou que mais nenhum utente apresenta, para já, sintomas da doença.

“Não apresentam [utentes], até ao momento, sintomas”, afirmou Graciete Pinto.

Os idosos e respetivos familiares estão a par da situação e da importância das medidas adotadas, estando tranquilos, aludiu.

A Doença dos Legionários, uma pneumonia provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, caracteriza-se pelo aparecimento de sintomas como febre, mal-estar geral, dores de cabeça, dores musculares, tosse não produtiva e diarreia.

A infeção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água (aerossóis) ou, mais raramente, por aspiração de água contaminada com a bactéria.

MAIS NOTÍCIAS