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Associações dos técnicos auxiliares de saúde dizem que criação de carreira "ficou aquém das expectativas”

Lusa
16-11-2023 17:16h

Sindicatos saudaram hoje a criação da nova carreira de Técnico Auxiliar de Saúde (TAS) no Serviço Nacional de Saúde (SNS) após 15 anos de espera, mas uma das associações que representam estes profissionais considera que “ficou aquém das expectativas”.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde indicou que ficou concluído o processo negocial para criação da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde, que abrange cerca de 24 mil trabalhadores que terão aumentos salariais na ordem dos 13%.

Em comunicado, a Associação Profissional dos Técnicos Auxiliares de Saúde congratula-se com a criação da carreira, “depois de uma longa e dura luta de mais de 15 anos”, mas considera que ficou “aquém das expectativas”, como escalões e tabelas remuneratórias, graus de complexidade e a não criação da categoria de técnico auxiliar coordenador.

A associação lamenta também que o Ministério da Saúde “tenha dado um inaceitável e inadmissível volte face” ao permitir que todos os assistentes operacionais possam ser TAS, ao contrário do que foi dito pela tutela que esta carreira era apenas para quem tivesse o curso de TAS ou o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências em Técnico Auxiliar de Saúde.

Para a associação, esta situação “só se compreende na atual situação política” e que “esta cedência apenas tem um propósito eleitoral”.

Por sua vez o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) refere que a criação da carreira de TAS é uma reivindicação de longa data que vem “finalmente reconhecer a especificidade das funções desempenhadas pelos assistentes operacionais no que respeita aos cuidados de saúde”.

“A nova carreira será pluricategorial, contendo as categorias de técnico auxiliar de saúde e técnico auxiliar de saúde principal. Para transitarem para a categoria de técnico auxiliar de saúde, os trabalhadores não necessitam de possuir qualquer nível de formação específica, bastando ser detentores da escolaridade mínima obrigatória”, refere o SINTAP, congratulando-se por ter chegado “a bom termo um processo de negociação”.

Este sindicato refere ainda os trabalhadores que transitarem para a carreira de TAS são reposicionados na posição remuneratória correspondente ao nível remuneratório imediatamente seguinte ao que detêm na data de entrada em vigor do diploma em apreço.

Segundo o Ministério da Saúde, o diploma entra em vigor 01 de janeiro de 2024.

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