SAÚDE QUE SE VÊ

OE2024: PSD acusa Governo de “ir a reboque” do partido na contratualização de médicos

Lusa
31-10-2023 19:52h

O PSD acusou hoje o Governo se “só acertar quando vai a reboque” dos sociais-democratas, dizendo que a proposta de contratualizar médicos de família com o setor social foi defendida por Luís Montenegro há quase dois anos.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, reagia ao anúncio feito hoje no parlamento pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, de que o Governo vai contratualizar com o setor social para atender de "forma transitória” utentes sem médico de família.

“O presidente do PSD faz mais pelos portugueses na oposição do que o Governo, imagine-se se for primeiro-ministro. O Governo, de facto, só acerta quando vai a reboque do PSD”, criticou Hugo Soares, dizendo que o mesmo já tinha acontecido com o programa de emergência social proposto pelos sociais-democratas no ano passado ou com a redução do IRS defendida este verão pelo líder social-democrata.

Hugo Soares acusou o Governo de descaramento, por ter anunciado “com pompa e circunstância” esta medida, como se nunca ninguém a tivesse proposto, lembrando que o PSD a apresentou em Congresso, em 2022, tendo depois formalizado a proposta no seu documento estratégico para a saúde e levado a mesma a votos no parlamento.

O ministro fez este anúncio “sem dizer pelo menos uma palavra que se impunha: obrigada ao PSD nos está ensinar a governar”, criticou o secretário-geral social-democrata.

“O Governo funciona ao retardador e castiga os portugueses por total incompetência, faz perder tempo aos portugueses”, lamentou, ainda.

Questionado sobre a ausência do tema da TAP no encerramento do Governo do debate orçamental e os elogios do Presidente da República ao documento do executivo, Hugo Soares disse não querer comentar outros temas, porque o PSD “fez o seu debate no parlamento como devia ter feito”.

“Foi um grande debate do PSD onde vincou bem a alternativa para Portugal”, disse.

Perguntado se Marcelo Rebelo de Sousa dveria ficar em silêncio nestes períodos, respondeu apenas: “Era o que faltava”.

MAIS NOTÍCIAS