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ACNUR alerta para graves problemas de financiamento nos seus programas de ajuda

LUSA
24-10-2022 23:03h

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou esta segunda-feira que, caso não arrecade 700 milhões de dólares até ao final do ano, terá que suspender vários programas de ajuda, com consequências “catastróficas” para os mais vulneráveis.

Nos últimos meses, problemas de financiamento já obrigaram esta agência da ONU a limitar algumas das suas operações, embora a situação atual possa significar mais suspensões de programas que “podem afetar milhões de pessoas”, explicou o organismo em comunicado.

“Esta é uma chamada de emergência real e imediata com a vida e os meios de subsistência das pessoas em jogo. As necessidades estão a aumentar devido a uma confluência de guerra e violência, bem como ventos cruzados económicos e geopolíticos”, apontou Dominique Hyde, diretor da Divisão de Relações Externas do ACNUR.

A agência das Nações Unidas apontou para a necessidade de arrecadar 700 milhões de dólares em doações até final do ano, noticiou a agência Efe.

O ACNUR deu como exemplo as suas atividades no Uganda, país que sofre com um surto de ébola e onde a organização não consegue entregar os ‘kits’ de saúde necessários para as áreas afetadas.

"No Chade, o abastecimento de água em campos para deslocados foi interrompido devido à falta de combustível, enquanto no Líbano 70.000 famílias de refugiados extremamente vulneráveis não podem mais receber ajuda do ACNUR", acrescentou a agência.

O ACNUR manifestou-se ainda particularmente preocupado com o financiamento de programas no Médio Oriente, onde novas reduções nas suas operações podem causar impacto em 1,7 milhões de pessoas no Líbano, Jordânia e Iémen.

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