O primeiros meses foram críticos no que diz respeito às dádivas de sangue, com as reservas a baixarem até níveis preocupantes. Para reforçar o apelo da importância da doação de sangue, recebemos esta noite no programa “Ajuda Quem Ajuda” a Federação de Associações de Dadores de Sangue.
Todos os dias são precisas 900 unidades de sangue para fazer face às necessidades dos hospitais, e essas unidades representam o mesmo número de doações.
O início do ano foi dramático com as reservas de sangue a atingirem níveis muito baixos, fruto do confinamento e das medidas de combate à pandemia da covid-19.
O Instituto Português do Sangue desdobrou-se em apelos à população e as associações procuraram mobilizar os dadores para que não faltasse sangue, nem componentes, nos hospitais.
Os três componentes extraídos das dádivas são os concentrados de eritrócitos, ou seja, os glóbulos vermelhos, as plaquetas e o plasma.
Neste último, Portugal ainda está longe de ser autossuficiente.
As plaquetas, diz Joaquim Mendes Silva, são “ouro para os hospitais” e são totalmente aproveitadas.
A grande fatia dos dadores registados no IPST tem mais de 55 anos, o que, na opinião do presidente da Federação de Associações de Dadores de Sangue, é um desafio tendo em conta o envelhecimento da população portuguesa.
Segundo Joaquim Mendes Silva, é preciso “trazer os jovens à dádiva de sangue” e, recorda, que ao longo da vida um cidadão tem mais de 75% de probabilidades de vir a precisar de sangue ou de componentes.
Não sendo a dádiva um procedimento obrigatório, o presidente da FAS - Portugal sublinha que “o sangue só vem do braço humano e todos os dias, em Portugal, são necessárias 900 unidades de sangue”.
A entrevista de Joaquim Mendes Silva, presidente da Federação de Associações de Dadores de Sangue, pode ser vista na integra, esta segunda-feira, 21h00.