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“É preciso uma mudança profunda”

SCO/ Canal S+
02-07-2025 10:52h

Rui Nunes, Professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, defende uma restruturação profunda do programa de gestão do Serviço Nacional de Saúde e acredita que “todos os partidos querem resolver o problema da saúde”.

Rui Nunes acrescenta ainda que “a despesa tem vindo a aumentar e isso não se traduz em ganhos de saúde nem em satisfação das populações” realçando que “há um esforço económico elevado que já ultrapassa os 10% de riqueza nacional”.

No entanto, não se ficou pelas críticas e deixou algumas sugestões, defendendo que a saúde deve ser de proximidade e por isso se deve descentralizar. Deve-se “Reinventar a administração e a gestão da saúde a nível nacional; recriar as administrações regionais de saúde com novas competências, novas funções e autonomia; e repensar também o modelo de gestão das ULSs”

Tendo defendido, na sua candidatura a bastonário da Ordem dos Médicos, a criação da especialidade da medicina paliativa, Rui Nunes afirma que Portugal poderia e devia ser um exemplo internacional em cuidados paliativos. “Esta área não é muito honerosa, não necessita de recursos tecnológicos muito sofisticados, precisa de uma visão, planeamento, boa estruturação, boa governação e precisa de incentivos para recrutar recursos humanos”.

“Não há incompatibilidade de cuidados paliativos de excelência com a lei da eutanásia”, acrescenta.

Rui Nunes foi convidado do episódio desta semana de Efeito Placebo, um espaço de opinião do Canal S+ que pode ver todas as terças-feiras, às 21h.

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