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Covid-19: Centro Hospitalar de Gaia/Espinho sem necessidade de ampliar resposta

LUSA
15-12-2021 18:13h

O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho revelou hoje ter 19 doentes internados com Covid-19, dos quais três em cuidados intensivos, não vendo necessidade de ampliar a sua resposta no que se refere a infraestruturas.

“Não prevemos para já um aumento de casos de internamento que justifique a necessidade de ampliar a nossa resposta no que toca a infraestruturas”, indicou, em resposta à Lusa, aquela unidade hospitalar.

Ao dia de hoje, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho tem 19 doentes internados, três nos cuidados intensivos e 16 em enfermaria, número que registam apenas um pequeno aumento quando comparados com novembro.

“Há um pequeno aumento, quando comparado com novembro, no que toca a doentes em enfermaria. Mas se compararmos com o final do verão, temos números em tudo idênticos”, acrescentou aquela unidade hospitalar.

Salientando que há “sempre equipas preparadas para intervir”, aquela unidade hospitalar refere ainda que desde setembro de 2020, com a abertura de uma nova urgência, o hospital dispõe de uma área para doentes respiratórios, onde os casos suspeitos são encaminhados.

“O que nos permite não ter necessidade de recorrer a tendas ou contentores, pois asseguramos o isolamento dos casos suspeitos nessa área”, explicou em resposta à Lusa.

Simultaneamente, o dispositivo de crise daquele hospital, em funcionamento deste 2020, é modelo dinâmico que assegura flexibilidade perante a necessidade de abertura de enfermarias covid.

O Hospital de São João, no Porto, confirmou hoje ter reativado os contentores destinados a doentes covid-19 devido à escalada de casos suspeitos que, nos últimos dias, duplicou, atingido uma média diária de 80 doentes, com picos que podem chegar aos 120.

Em declarações à Lusa, o Diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva, Nelson Pereira, indicou que nas últimas semanas tem-se assistido a um aumento “paulatino”, mas “progressivo” do número de doentes com queixas respiratórias no Serviço de Urgência.

Nos últimos dias, acrescentou, “esse incremento tornou-se ainda mais significativo”, ao ponto de a área do hospital dedicada aos doentes suspeitos “já não ser suficiente”.

À Lusa, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva garantiu ainda que, nesta fase, os profissionais que estão a ser alocados para esta área integram a equipa interna do Serviço de Urgência, por forma a não colocar em causa a atividade não covid do Hospital de São João.

De acordo com dados cedidos hoje, naquela unidade hospitalar estão internadas 24 pessoas com o novo coronavírus, das quais 10 em cuidados intensivos.

A covid-19 provocou pelo menos 5.320.431 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.698 pessoas e foram contabilizados 1.205.993 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

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