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Covid-19: Seis mortos e mais de 1.700 infetados entre funcionários da saúde

LUSA
14-02-2020 09:54h

O novo coronavírus, designado Covid-19, fez seis mortos e 1.716 infetados entre funcionários da saúde na China, revelaram hoje as autoridades do país, ilustrando os riscos para médicos e enfermeiros na linha da frente.

"Às 11:00 de 11 de fevereiro contabilizamos 1.716 casos confirmados entre médicos e enfermeiros em todo o país", disse Zeng Yixin, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, organismo que tem estatuto ministerial.

"Entre os infetados, seis pessoas, infelizmente, morreram", detalhou.

A grande maioria - 1.102 - dos casos de contaminação ocorreu na cidade de Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes que é epicentro do novo coronavírus.

Médicos e enfermeiros em outras partes do país são também desproporcionalmente afetados, com cerca de 400 casos contabilizados.

Devido ao fluxo de pacientes nos hospitais de Hubei, província da qual Wuhan é capital, e à escassez de equipamento de proteção, incluindo máscaras, fatos, óculos ou luvas, alguns profissionais de saúde estão à mercê da contaminação pelo novo coronavírus.

O Covid-19 já infetou na China continental - excluindo Macau e Hong Kong - um total de 63.851 pessoas e provocou 1.380 mortos, segundo os dados mais recentes difundidos pela Comissão Nacional de Saúde.

O anúncio surge uma semana depois de o médico que inicialmente alertou para o vírus, e que foi repreendido pela polícia, ter morrido, suscitando críticas à atuação das autoridades.

A notícia sobre a morte de Li Wenliang, vítima do coronavírus para o qual alertou em dezembro passado, levou a reações imediatas nas redes sociais chinesas, com o 'hashtag' #woyaoyanlunziyou ('eu quero liberdade de expressão', em chinês) a tornar-se viral.

O alerta à comunidade médica de Wuhan valeu-lhe uma repreensão por parte da polícia, que o obrigou a assinar um documento no qual denunciava o aviso como um boato "infundado e ilegal".

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