SAÚDE QUE SE VÊ

CDS-PP quer ouvir Associação Nacional dos Cuidados Continuados no parlamento

LUSA
12-02-2020 19:24h

O grupo parlamentar do CDS-PP requereu hoje a audição do presidente da Associação Nacional dos Cuidados Continuados na Comissão de Saúde (ANCC) da Assembleia da República sobre problemas e dificuldades da rede nacional.

Num requerimento endereçado à presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, o CDS pede a audição do presidente da Associação Nacional dos Cuidados Continuados, José Bourdain, notando que aquela entidade tem identificado “vários problemas”, nomeadamente quanto ao funcionamento da rede nacional e à “desvirtuação dos seus objetivos, quanto aos recursos humanos e aos constrangimentos financeiros com que as unidades se confrontam”.

De acordo com o CDS-PP, estes são problemas que “perduram há diversos anos e têm vindo a ser denunciados pela ANCC”, nomeadamente em diagnósticos publicados, e alega que “nada parece estar a ser feito para solucionar os graves problemas das unidades” de cuidados continuados integrados (UCCI).

“Recordamos que as dificuldades financeiras que estas UCCI atravessam são tremendas: salários em atraso, crescentes endividamentos junto da banca, dívidas a fornecedores, considerando ainda as dívidas das famílias às unidades que também não param de crescer, tal como as dívidas das próprias administrações regionais de saúde”.

Assim, os centristas querem que o presidente da ANCC vá ao parlamento detalhar o conteúdo do “Diagnóstico sobre o funcionamento da RNCCI [rede nacional de cuidados continuados integrados] e proposta de soluções”.

No requerimento, ao qual a Lusa teve acesso, o CDS-PP lembra que em março de 2017 “apresentou na Comissão Parlamentar de Saúde um requerimento solicitando a audição de um grupo de representantes das Unidades de Cuidados Continuados Integrados da região de Lisboa e Vale do Tejo”.

“Face ao que, nessa na altura, foi transmitido à Comissão de Saúde e com o objetivo de minimizar alguns desses problemas, o CDS-PP tem vindo a apresentar propostas de alteração aos Orçamentos do Estado que têm sido rejeitadas, com os votos contra da esquerda”, salienta o partido.

MAIS NOTÍCIAS