Papa Francisco pediu hoje orações pelos "irmãos chineses" e para que possam curar-se da"doença cruel", referindo-se ao novo coronavírus (Covid-19).
“Que eles possam encontrar o caminho para a recuperação o mais rápido possível”, afirmou Francisco.
O Papa já tinha demonstrado a sua solidariedade e proximidade com as pessoas afetadas com uma mensagem no final da oração de Angelus, em 26 de janeiro, na Praça de São Pedro, no Vaticano e hoje voltou a tocar na questão durante a audiência geral.
A epidemia provocada pelo coronavírus (Covid-19) detetado em Wuhan causou já 1.115 mortos, dos quais 1.113 na China continental, onde se contabilizam mais de 44 mil infetados, 2.015 detetados na terça-feira, segundo o último balanço divulgado.
De acordo com as autoridades de saúde de Pequim, o número total de mortos durante terça-feira foi de 97.
O balanço é superior ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.
O Covid-19, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, atinge também a região chinesa de Macau (8 casos de infeção, porque dois já tiveram alta) e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350.
Na Europa, onde já foram registados 45 infetados, com dois novos casos na Alemanha, a propagação do vírus foi declarada uma “ameaça séria e iminente para a saúde pública”.
A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.