O DBS, maior banco de Singapura, retirou hoje 300 funcionários da sua sede, depois de saber que um funcionário tinha sido infetado pelo novo coronavírus, anunciou a organização.
Até ao momento, foram detetados 47 casos de pneumonia causada pelo novo coronavírus, Covid-19, em Singapura, fazendo desta cidade-estado o país com mais casos no sudeste da Ásia.
“Como medida de precaução, (…) assegurámo-nos de que todos os nossos funcionários no andar afetado do Marina Bay Financial Center tinham saído do escritório, para ficarem a trabalhar em casa”, disse hoje o DBS, num comunicado.
O banco acrescentou ainda que a área afetada está a ser cuidadosamente desinfetada, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde.
As autoridades de Singapura elevaram, na sexta-feira, o alerta sanitário para o nível laranja, o terceiro mais elevado de uma escala de quatro, após a deteção de alguns casos de pessoas afetadas que não estavam relacionados a viagens à China.
Este nível de alerta - que já foi implementado durante o surto de gripe suína H1N1 entre 2009 e 2010 - implica que a doença é considerada “grave” e facilmente contagiosa, embora a sua propagação ainda esteja contida.
Na China, onde ocorreu o surto, a Comissão Nacional de Saúde já registou 1.113 mortes devido à pneumonia causada pelo coronavírus entre os 44.653 infetados, segundo balanços de hoje.
O balanço é superior ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.
O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, atinge também a região chinesa de Macau (10 casos de infeção) e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350.
Na Europa, contam-se desde segunda-feira 43 infetados, com quatro novos casos detetados no Reino Unido, onde a propagação do vírus foi declarada uma “ameaça séria e iminente para a saúde pública”.
A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.