O conselho geral da associação organizadora do Mobile World Congress (MWC) reúne-se na sexta-feira para avaliar a situação criada pelo cancelamento de tecnológicas devido ao novo coronavírus e decidir se mantém a realização do congresso.
A reunião do conselho geral da associação já estava agendada, mas a recente desistência de inúmeras empresas em participar no congresso confere-lhe outra importância, sendo esperada uma decisão oficial acerca da realização do congresso, de acordo com fontes citadas pela EFE.
Até ao momento a GSMA, a entidade patronal mundial das operadoras móveis, manteve-se firme na decisão de realizar o evento de 24 a 27 de fevereiro, apesar de uma dezena de tecnológicas terem cancelado a participação por receio da propagação do vírus com origem na China.
A última desistência hoje anunciada foi a Facebook, a que se juntam cerca de duas dezenas de empresas tecnológicas, como a Intel, Ericsson, LG, Nvidia, NTT DoCoMo, a Amazon e a Sony.
À medida que aumentava a incerteza relativa ao coronavírus, a GSMA impôs medidas preventivas como a proibição da entrada de congressistas vindos da província de Hubei, a origem do surto, assim como a restrição do acesso a quem tenha estado na China nos 14 dias anteriores ao evento.
No entanto, estas medidas de prevenção não impediram as desistências de várias empresas que iam participar no congresso.
A epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan causou já 1.018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infetados, segundo o balanço hoje divulgado.
Na Europa, contam-se desde segunda-feira 43 infetados, com quatro novos casos detetados no Reino Unido, onde a propagação do vírus foi declarada uma “ameaça séria e iminente para a saúde pública”.
A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.