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Vírus: Funcionários consulares dos EUA autorizados a deixar Hong Kong

LUSA
11-02-2020 18:50h

Os Estados Unidos anunciaram hoje que autorizaram os seus funcionários consulares a deixar Hong Kong, devido às preocupações com a epidemia do novo coronavírus, detetado inicialmente na China continental e que já matou mais de mil pessoas.

Os funcionários que não são essenciais para o bom funcionamento do consulado e as suas famílias podem deixar o território voluntariamente, "como medida de precaução devido às incertezas" em torno do coronavírus, declarou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-americano.

O Ministério adiantou ainda que o consulado dos EUA em Hong Kong permanecerá aberto.

No mês passado, indicações semelhantes foram dadas aos funcionários nos consulados das cidades chinesas de Xangai e Pequim e foi ainda emitida uma ordem de retirada para os trabalhadores consulares em Wuhan, cidade originária do coronavírus.

A epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan causou já 1.018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infetados, segundo o balanço hoje divulgado.

Na segunda-feira, de acordo com os dados anunciados pela Comissão Nacional de Saúde da China, registaram-se no território continental chinês 108 mortes e foram confirmados 2.478 novos casos de infeção, ascendendo o total de 42.638, em especial na província de Hubei (centro), onde perto de 60 milhões de pessoas permanecem em quarentena.

O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, atinge também a região chinesa de Macau (10 casos de infeção) e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350.

Na Europa, contam-se desde segunda-feira 43 infetados, com quatro novos casos detetados no Reino Unido, onde a propagação do vírus foi declarada uma “ameaça séria e iminente para a saúde pública”.

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.

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