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Vírus: EUA enviaram material médico para o Laos

LUSA
10-02-2020 23:50h

Os Estados Unidos da América (EUA) enviaram hoje material médico para o Laos, no âmbito de um programa norte-americano para impedir a propagação do novo coronavírus e cujo investimento é de 100 milhões de dólares.

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa) informou, citada pela agência France-Presse, que enviou 440 óculos de proteção e 1.500 aventais cirúrgicos para o Laos, um dos países que faz fronteira com a China.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, tinha anunciado na sexta-feira que o país iria disponibilizar 100 milhões de dólares (mais de 91 milhões de euros) para ajudar Pequim e outros países afetados pelo surto do novo coronavírus.

Este anúncio da Casa Branca ocorreu numa altura em que o Presidente norte-americano, Donald Trump, procura reduzir o financiamento para iniciativas globais de saúde em quase metade, de acordo com a proposta de orçamento federal do executivo dos EUA para 2021.

Segundo Washington, o Laos, as Ilhas do Pacífico, Myanmar (antiga Birmânia) e a Papua-Nova Guiné são considerados países prioritários deste investimento dos EUA.

As autoridades chinesas elevaram hoje para 908 mortos e mais de 40 mil infetados o balanço do surto de pneumonia na China continental causado pelo novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

No domingo, segundo dados divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, foram registadas no território continental chinês 97 mortes e detetados mais de 3.000 novos casos de infeção.

O número total de mortes ascende a 910, contabilizando as duas registadas fora da China continental, uma nas Filipinas e outra em Hong Kong.

O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou hoje a 43, com quatro novas infeções detetadas no Reino Unido.

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.

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