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Vírus: Todos os infetados em Macau podem receber alta em breve - autoridades

LUSA
09-02-2020 23:54h

Os nove infetados com o coronavírus em Macau poderão receber alta nos próximos dias, admitiram hoje em conferência de imprensa as autoridades de saúde do território.

Dos 10 casos confirmados desde o surto da epidemia, um já recebeu alta.

"[Para acontecer o mesmo aos restantes nove] são precisos mais testes, mas estamos otimistas”, sublinhou o coordenador dos serviços de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário.

Chang Tam Fei indicou ainda que a procura pelos serviços de urgência diminuiu, de 400 a 500 casos diários, para os atuais 300, sendo que muito deles dizem respeito à gripe sazonal.

Nas últimas 24 horas, de acordo com os dados fornecidos pelas autoridades, foram realizados pouco mais de 100 testes no Laboratório de Saúde Pública.

Quase 600 casos suspeitos do novocoronavírus chinês deram negativo em Macau nas últimas duas semanas, mantendo-se em nove o atual número de infetados.

Dos 593 casos suspeitos, foram descartados 555. Vinte e oito pessoas que realizaram testes continuam a aguardar os resultados dos respetivos testes.

Uma das primeiras medidas do Governo de Macau, para além de enviar milhares de funcionários públicos para casa, onde continuam a trabalhar, mas à distância, passou pelo racionamento de máscaras, devido à sua escassez.

Macau fechou também os casinos e anunciou o encerramento de espaços culturais e desportivos, parques, jardins e espaços de lazer, bem como de todo o tipo de negócios, o que praticamente está a paralisar a economia.

As autoridades informaram hoje também, em conferência de imprensa, que 15 hotéis e pensões fecharam portas, um dia depois de terem elencado o encerramento de sete hotéis: Hotel Legend Palace, Rocks Hotel, Hotel Sofitel, The Four Seasons Hotel, Grand Harbour Hotel, St. Regis Macao e o Conrad Macao.

A China elevou hoje para 811 mortos e mais de 37 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Nas 24 horas anteriores, registaram-se 89 mortes e 2.656 novos casos.

O novo balanço já ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

Até agora, as duas únicas mortes provocadas pelo novo coronavírus registadas fora da China continental aconteceram nas Filipinas e em Hong Kong.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 300 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou no sábado a 37, com novas infeções detetadas em França.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), que declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, indicou no sábado que os casos de contágio revelados diariamente na China estão a estabilizar, mas sublinhou que era cedo para concluir que a epidemia atingiu o seu pico.

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