Um norte-americano morreu devido ao novo coronavírus em Wuhan, cidade chinesa onde começou o surto, anunciou hoje a embaixada dos Estados Unidos, sobre a primeira morte confirmada de um estrangeiro na China.
"Podemos confirmar que um cidadão norte-americano, de 60 anos, declarado portador do coronavírus morreu num hospital de Wuhan, no dia 06 de fevereiro", disse um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Pequim.
"Apresentamos as nossas condolências à família", acrescentou o porta-voz, precisando que não seria feito qualquer outro comentário para manter a privacidade dos familiares.
Na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês indicou que 19 estrangeiros tinham sido infetados na China, incluindo dois que já tinham recuperado. A nacionalidade dos pacientes não foi divulgada.
Também a diplomacia japonesa anunciou hoje que um japonês sexagenário, suspeito de estar infetado com o coronavírus, morreu num hospital de Wuhan.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês indicou que o homem tinha sido hospitalizado devido a uma grave pneumonia viral, sem que a causa tivesse sido formalmente identificada.
A China tinha elevado hoje para 722 mortos e mais de 34 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países.
Na Europa, o número de casos confirmados chegou quinta-feira a 31, com novas infeções detetadas no Reino Unido, Alemanha e Itália.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.