A diretora-geral da Saúde elogiou hoje as autoridades chinesas, considerando que "têm sido exemplares no controlo do surto" de infeção pelo novo coronavírus (2019-nCov), que já causou 637 mortos e mais de 31 mil infetados.
Graça Freitas falava na sede da Direção-Geral da Saúde, em Lisboa, onde foi dada uma conferência de imprensa para fazer um balanço sobre o surto de doença respiratória aguda pelo novo coronavírus na China.
Segundo a diretora-geral da Saúde, "as autoridades chinesas têm sido exemplares no controlo do surto", mas também na disponibilização de informação.
"Não há motivo nenhum para não confiar nas autoridades chinesas (...) Temos de estar gratos pelas medidas de contenção adotadas pela China", afirmou, dando como exemplo a quarentena imposta em cidades da província de Hubei, no centro da China e onde vivem 56 milhões de pessoas.
Uma dessas cidades é Wuhan, epicentro do surto que começou em dezembro e que tem 11 milhões de habitantes.
Graça Freitas sublinhou que a epidemia continua confinada na China, uma vez que a percentagem de casos de infeção importados por outros países é baixa.
A China elevou hoje para 637 mortos e mais de 31 mil infetados o balanço do surto do 2019-nCoV, de acordo com dados atualizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nas últimas 24 horas, registaram-se 73 mortes e 3.151 novos casos.
Além do território continental da China e das regiões de Macau e Hong Kong, há 270 casos de infeção confirmados em mais 24 países e um morto (Filipinas), segundo o relatório mais recente da OMS, hoje divulgado.
A OMS declarou, há uma semana, o surto como uma emergência de saúde pública internacional face ao risco elevado de propagação do novo coronavírus (família de vírus que causa infeções respiratórias como a pneumonia) à escala global.
A emergência internacional implica a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.