A Reserva Federal (Fed), banco central norte-americano, afirmou num relatório divulgado hoje que as consequências da epidemia do novo coronavírus na economia chinesa vão penalizar a economia mundial.
Num relatório de política monetária que divulga duas vezes por ano, a Fed refere também que vai continuar a seguir de perto a evolução da conjuntura.
"O recente aparecimento do coronavírus (...) pode levar a ruturas (na economia) na China, que terão repercussões em toda a economia mundial", segundo o banco central.
Sem avançar o que vão decidir os membros do seu comité de política monetária na próxima reunião do banco, a Fed considerou, no entanto, que "num contexto de atividade económica fraca e sem pressões inflacionistas, os bancos centrais estrangeiros adotam geralmente uma política mais acomodatícia", ou seja, baixam as taxas de juro.
Na sua última reunião de política monetária, nos dias 28 e 29 de janeiro, a Fed deixou as taxas de juro inalteradas.
Na conferência de imprensa realizada após a reunião, o presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou que o novo coronavírus detetado na China podia ameaçar a economia internacional.
Na ocasião, Powell recusou-se, no entanto, a especular sobre o impacto económico que a situação teria, uma vez que a epidemia ainda estava numa fase inicial.
A epidemia já fez 636 mortos na China e mais de 31 mil pessoas foram infetadas, de acordo com o último balanço oficial.