O fabricante automóvel chinês BYD Co Ltd anunciou hoje ter enviado máscaras cirúrgicas no valor de um milhão de yuan (130,7 mil euros) do Brasil para a China, onde serão doadas.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, a BYD diz que a subsidiária do grupo no Brasil “aproveitou a sua localização conveniente” para adquirir as máscaras cirúrgicas, face à escassez sentida na China.
A empresa referiu que as máscaras serão entregues ao pessoal médico nos hospitais chineses, assim como a trabalhadores dos transportes públicos e aeroportos do país, afetado pelo novo coronavírus, detetado em dezembro na cidade chinesa de Wuhan.
Num gesto raro, o Governo chinês pediu esta semana a ajuda do resto do mundo, perante a necessidade urgente de repor as provisões de máscaras cirúrgicas, fatos ou óculos de proteção, para conter a epidemia.
O conglomerado chinês Fosun Internacional, que detém a seguradora portuguesa Fidelidade e é o principal acionista do banco BCP, anunciou a 28 de janeiro a chegada a Xangai de mais de 10 mil máscaras adquiridas em Portugal.
Poucos dias depois, o empreiteiro estatal chinês Gansu Construction Investment anunciou o envio de 7 mil máscaras de Angola para a China, onde foram doadas à Cruz Vermelha.
A BYD já tinha doado 10 milhões de yuan (1,3 milhões de euros) a uma organização não-governamental da província de Hubei, onde surgiu o novo coronavírus, para ajudar a combater o surto.
A BYD está a construir um sistema de monocarril na capital do Estado brasileiro da Bahia, Salvador, e no dia 01 de fevereiro venceu o concurso para desenvolver um novo monocarril na cidade de São Paulo.
A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Nas últimas 24 horas, registaram-se 73 mortes e 3.694 novos casos.
A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica terça-feira.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.